Porque você joga fora a GEMA do OVO?

Jogar fora a Gema do OVOMuitos começam a treinar e sentem a necessidade de procurar uma boa alimentação para evoluir, de acordo com seus objetivos. Porém, as informações buscadas são de ídolos do esporte ou musas e blogueiras fitness que não possuem formação para prescrever uma dieta e sabe-se lá, se entende de alimentação. Um erro muito grande é cortar a gema do ovo que tem inúmeros benefícios. Você sabia que está jogando fora um remédio para a saúde em geral?

Em 2006, um estudo de Greene et al, selecionou 42 indivíduos de ambos os sexos com idades avançadas. Depois de selecionados, os mesmos foram divididos em dois grupos. 1 consumiu 3 ovos (640mg de colesterol) e 2 consumiu um substituto do ovo (0mg de colesterol) por 30 dias. O resultado dos grupos após 30 dias mostraram que o aumento nos níveis de LDL e HDL não estão relacionados com um consumo de ovo elevado, e ainda mostrou um aumento no plasma de carotenoides após consumo de ovos. Além disso, foi visto um aumento nas lipoproteínas de alta densidade (HDL) no grupo que consumiu 3 ovos inteiros em relação ao grupo que não consumiu ovo sobre indivíduos com sobrepeso ou obesos após 12 semanas (Mutungi, et al, 2008).

Não satisfeito? Outros estudos selecionaram grupos com síndrome metabólica (SM) que entre uma das complicações está a dislipidemia. Um dos grupos estudados verificaram os efeitos da alimentação de 3 ovos inteiros por 12 semanas. O resultado do estudo mostrou que o consumo de 3 ovos inteiros por dia aumentou o HDL (colesterol bom), e reduziu o LDL e triglicerídeos. Mostrou mais uma vez que a gema do ovo é uma importante fonte para aumentar os carotenoides em indivíduos com síndrome metabólica (Blesso, et al, 2013). Da mesma forma que o consumo de ovos inteiros (n=3) em uma dieta moderada em carboidratos melhorou o perfil lipídico (aumento HDL, redução LDL) e resistência à insulina em pacientes com SM (Blesso, et al, 2013; Andersen, et al, 2013). Mostrou ainda que uma dieta com a adição de ovos diários melhorou o perfil glicêmico e lipídico, pressão arterial e LDL em indivíduos com diabetes tipo 2 (Pearce, et al, 2011).

Uma revisão de Fernandez (2006) tentou estabelecer a ligação com o consumo do ovo e o risco de doenças cardíacas. O estudo mostrou que as recomendações dietéticas para restringir ovos não devem ser generalizadas para todos os indivíduos. Mostrando ainda que o aumento das concentrações de luteína e zeaxantina podem ser boas fontes de antioxidantes.

Vai continuar seguindo quem acha que entende de alimentação ou quem realmente estuda, sabe buscar estudos sobre alimentos e nutriente e adequa uma dieta de acordo com suas necessidades?

 

Não jogue fora a gema do ovo….
…isso é um crime para sua Saúde!

 

 

Referências Bibliográficas

Greene, C. M.; Waters, D.; Clarkm R. M.; Contois, J. H.; Fernandez, M. L. Plasma LDL and HDL characteristics and carotenoid content are positively influenced by egg consumption in an elderly population. Nutrition & Metabolism, v. 3, n. 6, 2006.

Blesso, C. N.; Andersen, C. J.; Bolling, B. W.; Fernandez, M. J. Egg intake improves carotenoid status by increasing plasma HDL cholesterol in adults with metabolic syndrome. Food Funct. v. 4, p. 213-21, 2013.

Blesso, C. N.; Andersen, C. J.; Barona, J.; Volek, J. S.; Fernandez, M. J. Whole egg consumption improves lipoprotein profiles and insulin sensitivity to a greater extent than yolk-free egg substitute in individuals with metabolic syndrome. Metabolism, v. 62, n. 3, p. 400-410, 2013.

Mutungi, G.; Ratliff, J.; Puglisi, M.; Torres-Gonzalez, M.; Vaishnav, U.; Leite, J. O.; Quann, E.; Volek, J. S.; Fernandez, M. L. Dietary cholesterol from eggs increases plasma HDL cholesterol in overweight men consuming a carbohydrate-restricted diet. J. Nutr. v. 138, n. 2, p. 272-6, 2008.

Andersen, C. J.; Blesso, C. N.; Lee, J.; Barona, J.; Shah, D.; Thomas, M. J.; Fernandez, M. L. Egg consumption modulates HDL lipid composition and increases the cholesterol-accepting capacity of serum in metabolic syndrome. Lipids. v. 48, n. 6, p. 557-67, 2013.

Pearce, K. L.; Clifton, P. M.; Noakes, M. Egg consumption as part of an energy-restricted high-protein diet improves blood lipid and blood glucose profiles in individuals with type 2 diabetes. Br. J. Nutr. v. 105, n. 4, p. 584-92, 2011.

Fernandez, M. L. Dietary cholesterol provided by eggs and plasma lipoproteins in healthy populations. Curr. Opin. Clin. Nutr. Metab. Care. v. 9, n. 1, p. 8-12, 2006.

 

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Eduardo é de Maceió, Nutricionista (CRN6 -23413/P), Pós-Graduando em Nutrição Esportiva. Praticante de musculação e atleta de Handebol. Gosta de escrever sobre assuntos relacionados s sua área de estudo, disponibiliza no DT com o intuito de contribuir com a comunidade.

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