Por Ludmila Merlin – 21 de junho de 2016

Esses mensageiros químicos não são apenas influenciados por disponibilidade de energia, mas também por fatores de recompensa e stress. Isto significa que o ambiente desempenha um papel primordial no quanto você come.
Já se perguntou por que em alguns dias você sente que poderia comer tudo que vê na geladeira, enquanto em outros você não está com fome? Isso ocorre devido ao tamanho do seu estômago? Estresse? O clima?
Este post irá ajudá-lo a entender como os hormônios podem influenciar a fome.
Tudo começa com o estômago. Quando vazio, o estômago sofre contrações para te lembrar de comer (ele literalmente “ronca” pra te avisar disso). Em seguida, a Grelina – conhecida como o hormônio da fome ou mesmo hormônio da satisfação – é liberada a partir do trato gastrointestinal.
A grelina tem um duplo efeito sobre o aumento da ingestão de alimentos, estimulando diretamente o apetite e causando a liberação de transmissores cerebrais que amplificam o efeito da fome. A grelina também atua sobre o sistema límbico, o qual é o centro de recompensa do cérebro. Isto é importante porque, além da fome física que você vai experimentar, garante que o corpo e o cérebro tenham a energia necessária para mantê-lo vivo.
Infelizmente, os sistemas hedonistas e homeostáticos separados estão interligados e podem facilmente ficar fora de sintonia, especialmente se você cortar calorias, ter um excesso de exercício, ou possuir uma dieta pouco saudável.
Por exemplo, a grelina sobe quando o estômago está vazio a fim de avisar quando você precisa comer (sistema homeostático), mas também interage com o cérebro e atua na vontade de comer criando “memórias de alimentos”, que o motivam a procurar o mais agradável alto teor de gordura, alto-carboidratos (sistema hedonista).
Curiosamente, há evidências de que as pessoas obesas podem ter menos receptores no sistema límbico que as levam a comer mais em um esforço inconsciente para estimular esses receptores e se sentir bem.
Dois outros poderosos, mas muitas vezes incompreendidos, hormônios são a leptina e a insulina. A insulina pode ter um efeito estimulante ou de supressão do apetite, isso depende do ambiente. Quando a insulina é elevada, em resposta a um aumento do açúcar no sangue, irá reduzir a fome. No entanto, se a insulina é alta e o açúcar no sangue é baixa (um ambiente fisiológico que realmente não deve ocorrer), a insulina AUMENTARÁ sua fome. Esse é o problema que estamos vendo com diabetes e as dietas ricas em carboidratos refinados.
Quando você come alimentos ricos em carboidratos refinados, que são rapidamente digeridos, o açúcar no sangue é rapidamente elevado e o pâncreas responde através da liberação de insulina.
Isso acontece muito rapidamente, levando o açúcar no sangue a cair, mas ainda há um monte de insulina no sangue devido à sua grande secreção. A combinação de insulina elevada e baixos níveis de açúcar no sangue causa sensações de fome e intensos desejos contínuos por carboidratos, mesmo que você tenha acabado de comer!
Por outro lado, quando somos resistentes à insulina, como no caso dos diabéticos, os níveis de insulina ficam elevados todo o tempo, levando a um aumento do apetite.
Depois, há o hormônio leptina, que é secretado a partir do tecido de gordura quando a insulina começa a cair para níveis de jejum. Ele viaja para o cérebro e liga-se com receptores para reduzir a fome e aumentar o metabolismo. A leptina modula uma cascata de hormônios do apetite e é muito importante para o equilíbrio hormonal.
No entanto, é possível que o cérebro se torne resistente à mensagem da leptina para reduzir a fome. Isso é mais comum em pessoas que consomem a maioria de suas calorias durante a noite, possuem dietas de baixa dosagem de carboidratos de longo prazo, ou têm o hábito de fazer uma dieta restrita.
O que se segue é uma descrição dos diferentes produtos químicos envolvidos na cascata hormonal:
Todos esses mensageiros químicos aumentam em resposta a um desequilíbrio de calorias (dieta, a restrição calórica, exercício em excesso) e muitos são desencadeados pelo stress. Essa é uma adaptação evolutiva, já que a comida era muitas vezes escassa em tempos “estressantes”, e a liberação desses hormônios nos motivam instintivamente a buscar alimentos.
Felizmente, também são mensageiros químicos que têm o efeito oposto e desligam a fome:
Agora, como manipular sua dieta para controlar esses hormônios? O recomendado é procurar um nutricionista para que seja efetuada uma avaliação e uma prescrição para poder lhe ajudar!
Referências Bibliográficas:
Summerfield, Liane. Nutrition Exercise and behavior. 2015 Australia: Brooks / Cole.
Wansink, Brian. Mindless Eating: Why we eat more than we think. 2006. New York: Bantam Dell.
Wansink, Brian. Slim By Design. 2014. New York: William Morrow.
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COMENTÁRIOS
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