Início Artigos Flávia Freitas Você é o que come e pensa! Entenda como a Psicologia pode...

Você é o que come e pensa! Entenda como a Psicologia pode contribuir no Processo de Emagrecimento

emagrecimento

Se você conhece várias dietas da moda, sabe distinguir um alimento nutritivo do calórico, sabe o que fazer e não fazer para emagrecer, sabe de cor os nomes dos remédios que prometem emagrecimento rápido e sem sofrimento, sabe o que é carregar vários potes de remédios na bolsa e ficar atento ao horário, pois são grandes aliados no seu processo de emagrecimento, tem  consciência que está acima do peso, sofre consequências físicas do sobrepeso:  falta de disposição, baixo condicionamento, dores no corpo, etc., não consegue se libertar do efeito sanfona (o famoso engorda e emagrece), come compulsivamente, muitas vezes  sem fome e à noite, peregrina de médico em médico, de dieta em dieta. Enfim, se você já tentou vários métodos e não conseguiu emagrecer ou voltou a engordar depois de um período, então está na hora de incluir a Psicologia no seu Programa de Emagrecimento.

O emagrecimento se baseia em três fatores: Reeducação Alimentar, Atividade Física e Equilíbrio Psicológico.

O primeiro lugar que precisamos emagrecer é na mente! É necessário eliminar os gatilhos que nos fazem comer pela emoção, tomar consciência dos nossos padrões de comportamentos, revisar e entender qual é relação do nosso estado emocional com a comida, porque nos sabotamos, etc.

Para emagrecer, o tratamento básico consiste na mudança de hábitos alimentares e de atividade física, ou seja, comer menos e gastar mais energia. Isso você sabe. Infelizmente, uma coisa é saber e outra é fazer! A grande maioria das pessoas SABE O QUE FAZER, MAS NÃO CONSEGUE. Por alguma razão que desconhecem, sabotam a própria dieta. É nesse ponto importante que  entra a Psicologia.

Para mudar de peso você tem que mudar de comportamento e mais, emagrecimento não é só mudança de peso, é Reeducação Alimentar e Comportamental.

 

Qual é a relação entre AFETO e COMIDA?

 

Como estão suas emoções? Você as leva ao prato? A compulsão por comida motivada por razões emocionais é a segunda maior causa de obesidade no mundo. Muitas vezes, as pessoas comem porque se sentem entediadas, solitárias, infelizes, cansadas, ou por qualquer outro motivo que não esteja diretamente relacionada á necessidade de se alimentar.

Um dos grandes causadores do comer compulsivamente são os problemas afetivos. Perdas, decepções, frustrações, necessidade de agradar ou ser aceito, rejeição, rompimentos, luto, dentre outros, podem favorecer a alteração no comportamento alimentar, levando o indivíduo a comer demais ou até compulsivamente. O alimento, nesse contexto, seria um substituto do afeto perdido. Aquele bolo de chocolate ou  prato calórico se tornam um carinho que a pessoa se faz.

Irei utilizar da Psicologia do desenvolvimento para explicar uma associação emoção-comida. Um bebê quando chora lhe é oferecido o seio ou a mamadeira. Ele pode chorar devido a vários fatores: fome, frio, calor, sono, dor, dentre outras causas. Geralmente uma das primeiras soluções a ele oferecida para aplacar o sentimento desagradável é a comida. A comida vai se tornando assim “o primeiro antidepressivo ou ansiolítico”, pois aprendemos inconscientemente que ela é uma das primeiras estratégias para lidar com sensações desagradáveis, ou seja, com as primeiras frustrações.

Mais tarde, quando as frustrações afetivas ocorrerem, algumas pessoas, diante da impossibilidade de saber lidar com a situação ou de “anestesiar” o mal estar interno, poderão reativar esse antigo esquema. Comida = Bem estar.  Dependendo do  contexto  em que isso ocorra, o cérebro  começa a criar outras funções para o alimento que não só a de objeto de nutrição.  O alimento passa a ter uma função afetiva.  Ele pode significar amor, afeto, carinho, etc e se torna uma bengala.

É inegável que a comida se torna em muitos casos, um poderoso objeto de redução de ansiedade. Quem nunca sentou em um restaurante após um dia estressante ou após uma briga e pediu um prato bem calórico e disse: Hoje eu “mereço” comer bife com bata frita, uma feijoada, um brownie, e por aí adiante ?

O problema é que esse falso “merecimento” ou afeto disfarçado de comida, causa  efeitos desastrosos para a saúde e a estética, se ingerido em excesso.

 

Psicologia: Uma arma poderosa no Emagrecimento

 

Não se iluda! Há uma forte relação entre emagrecimento e autoestima. Você precisará mudar algo mais que o peso para emagrecer e manter-se magro. Se você  não fizer nada  em relação à ansiedade, ao vazio existencial, aos sentimentos de rejeição e abandono, à depressão, raiva reprimida, etc, continuará tendo um campo fértil  para a auto sabotagem.

 

Relação Mente X Comida

 

Várias necessidades são determinadas pelo corpo, tais como: sono, sede, fome, mas quem determina quando e como saciá-las é o cérebro. Exemplificando, o corpo necessita de alimentos, mas quem escolhe quais alimentos irá ingerir é o cérebro.

Se você está acima do peso, a culpa pode ser  da sua atual programação mental e não há dieta, remédio ou livro que possa mudar isso. A única maneira de emagrecer e não voltar a engordar é modificar de uma vez por todas, no seu inconsciente, sua relação com a comida.

O Cérebro é como um computador, os comportamentos são como softwares. Você pode ter desenvolvido um software ineficiente sobre o ato de alimentar-se. A boa notícia é que, depois que aprender a reprogramar sua mente, você não terá dificuldade em adquirir novos hábitos de pensamento e atitudes que garantirão seu sucesso.

É praticamente impossível abandonar um hábito apenas com a força de vontade. É preciso reprogramar a mente.

A Imaginação é muito poderosa e os profissionais da área de marketing sabem disso. Quando lê um cardápio, você prova mentalmente os alimentos antes de decidir o que irá pedir. É devido a isso que os grandes restaurantes se empenham em descrever nos cardápios os pratos com termos bem apetitosos.

Responda com sinceridade.  Quais os pratos você escolheria em um cardápio:

  • Suculentas fatias de salmão ligeiramente defumada e aromatizadas ao endro, com molho de alcaparras, com risoto ao funghi ou peixe  assado com arroz de cogumelos marrom?
  • Suculentas costelas ao molho barbecue ou cadáver de porco com molho com aparência de sangue?

 

O assunto é muito vasto mas na verdade, a Psicologia ajuda às pessoas a modificarem comportamentos compulsivos de uma vida inteira e propõe uma  reprogramação mental  no que tange a relação Alimento x Emoção.

 

Como é o tratamento psicológico no Processo de Emagrecimento?

 

É um tratamento complementar ao tratamento médico-nutricional. Uma vez por semana você irá ao consultório de um profissional que conheça bem a área de emagrecimento e de transtornos alimentares e procurará identificar as emoções e mecanismos, que nem a Medicina nem a Nutrição trabalham. Reconhecerão a razão de comportamentos que surgem de repente e bota por água abaixo os seus planos.

A duração da Terapia varia em cada caso. Alguns fatores são fundamentais, tais como:  relação Psicólogo- Paciente,  seu empenho e perseverança na meta de emagrecer. Se você faz parte daquele pequeno grupo desinformado que acha que Psicólogo é para loucos ou perda de tempo, se faça algumas perguntas: Quanto tempo você levou para engordar? Qual o grau de sofrimento que a gordura lhe traz? Qual o prejuízo pessoal, físico e social que você está tendo, permanecendo acima do peso?

Lembre-se: Não se cura ansiedade e tristeza com comida! O emagrecimento deve vir de dentro para fora. Trate seu corpo com respeito e carinho.

 

“Você precisa ser feliz para emagrecer e não emagrecer para ser feliz”

 

26 COMENTÁRIOS

  1. Perfeito! Isso é o mais importante e o mais difícil: Reeducamos nossa mente. Alguns hábitos pra mim foram muito fáceis de trocar, mas os doces tem forte impacto no meu cérebro e eles me tornam muito fraca, por me impedirem de alcançar meu objetivo. E é horrível saber que fracassamos por uma coisa que só depende de nós!!! Adoro posts pscológicos!!!

  2. Amei o tema, sou psicologa e venho trabalhando com um blog, divulgando minha luta diária com a auto sabotagem, uma leitora do blog e amiga me passou este link, e adorei o tema e a forma como foi abordado, parabéns!!!

  3. Eu posso dar o depoimento do que está acontecendo comigo. Estou em tratamento e tenho melhorado a cada dia.
    As pessoas já estão notando a diferença no meu corpo e na minha mente.
    Vc está fazendo milagres comigo.

    Obrigada pela dedicação e tantas informações, por acompanhar quase que diariamente meu desempenho.

    Vc é fantástica!!!
    Bjs

  4. AMEI o texto ! Impecável, Bem estilo da Dra Flávia Freitas , essa Terapeuta ótima que com docilidade, competência e pulso firme está me transformando em quem eu sempre quis ser . Hoje estou 12 quilos mais magras e com uma autoestima nas nuvens, pois NADA NEM NINGUÉM vai me tirar do caminho que tracei.

    Dra Você é THE BEST ! Obrigada por tudo

    Ana Belmonte

  5. Muito bom a forma com que o tema foi abordado, a mudança tem que acontecer de dentro para fora é preciso ter uma visão de forma ampla de sua vida e como isto está relacionado com a comida, uma ajuda profissional em alguns casos é inevitável, parabéns Dra. por informações importantíssimas citadas neste texto

  6. Parabéns pelo texto, Dra. ADORO a maneira como escreve e costumo relê-los para que sirvam de MANTRAS para a minha vida.

    Obrigada por tudo que tem feito por mim . Já são 15 quilos a menos e não conseguiria atingi-los sem minha Timoneira Loira querida !!!!

    Você é THE BEST !

  7. Abordagem fantástica! É fundamental cuidar do emocional para ficar bem com o nosso corpo. Quando entendi isso, vivenciei a mudança do meu corpo e tudo foi mais fácil. Nossa mente é maravilhosa e precisamos ter um controle para que ela faça tudo da melhor forma. Essa frase é fundamental: Você precisa ser feliz para emagrecer e não emagrecer para ser feliz.

  8. Que texto ótimo ! Parabéns ao site . Agora entendo porque me saboto ao colocar as emoções no prato . Difícil escolher uma parte que gostei mais com tantas informações novas pra mim e esclarecedoras.

    Não se deve colocar as emoções no prato! Nunca mais esquecerei disso quando estiver me afastando da minha meta de emagrecimento .

    Sábias considerações Dra. Obrigada por compartilhar.

    Pena eu morar em Londres e não poder me consultar com a senhora

  9. Serei repetitivo:

    Excelente texto, Dra. Flávia Freitas.

    Parabéns ao dicas de treino por incluir em seu seleto grupo de colunistas uma profissional tão qualificada e preparada pra exercer essa função.

    Acessarei ao site com frequência.

    Sucesso!!

  10. MUITO BOM o texto.Sem palavras…Preciso urgente voltar para a Terapia e rever um monte de comportamentos que sabotam meu processo de emagrecimento. Parabéns Dra e MUITO OBRIGADA pelo texto.

    Quando teremos o prazer de acessar mais textos seus ? Ficarei de olho ;)

  11. Ótimo texto, meus parabéns! Usarei no meu dia a dia essas indicações que serviram para alcançar meu objetivo. Foco e determinação. Sinta-se orgulhosa por realmente contribuir na melhor saúde de muitos brasileiros – e ainda de forma gratuita! Saudações.

  12. Oi, Flavia, sou policial e tenho grande interesse em me especializar na hipnose como forma de auxiliar nas diversas situações oriundas do meu trabalho e além disso estou acima do peso, então, socorro me dá uma dica..!

  13. Temos de começar a entender que grande parte da nossa vida é definida pela forma que o nosso cérebro é programado e podemos reprogramá-lo.

    Acredito que esse seja o Santo Graal para uma vida bem-sucedida, o GRANDE PASSO para se viver de uma forma mais feliz e sentir-mo-nos mais realizados.

    Esta matéria nesse sentido é muito boa! Grande parte do que está escrito aqui, felizmente, já conhecia, este texto veio reforçar a sua importância.

    Já coloquei em prática, para a musculação e noutras áreas da vida e realmente a sensação de satisfação aumenta. É realmente como mudar o software da nossa mente.

    Uma pergunta muito importante é: “Qual é a sensação de dor física, emocional, na vitalidade, social e nos relacionamentos que X comportamento está a lhe trazer?”

  14. Belo texto. Sou psicóloga e faço esse trabalho, acredito na junção da alimentação saudável + atividade física + apoio psicológico. Mente sã, corpo são.

  15. Li seu texto e achei muito bom.
    No meu caso preciso controlar os meus pensamentos para poder comer. Tenho depressão e quando estou em crise meu apetite some .
    Não consigo comer, é um tormento pra mim. Por mais que sinta fome mais quando vou comer meu psicológico não me ajuda.
    Enjoo a comida e como por obrigação apenas o básico.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile