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Você faz Bulking? Já ouviu falar em AGEs e seus malefícios à saúde?

Bulking SujoGeralmente, os hábitos alimentares mudam quando o atleta está em preparação para uma competição, visando definição e o mínimo possível de gordura (Cutting). Na maioria das vezes,  o Bulking é um período onde a maior prioridade é o aumento de peso, força muscular e volume. Mas como é constituído o bulking sujo? Comendo alimentos de baixo valor nutritivo e alto valor energético como lasanhas, pizzas, carboidratos simples em excesso (alto I.G.), proteína em excesso e produtos industrializados com alta concentração de sódio. Com uma dieta dessas, nem é preciso falar que o indivíduo aumenta de peso… Mas não é um ganho saudável, pois se aumenta o peso com maior retenção hídrica (glicogênio alto e Na+) e altas concentrações de carboidratos simples elevam a insulina, levando a quadros de hiperinsulinemia que em uma parte, armazena em gordura (lipogênese).

Mas quais problemas podem ocorrer com uma má alimentação em certo período? A hiperglicemia crônica ou picos de insulina após a alimentação, podem promover a geração de AGES (produtos da glicação avançada) que pode desencadear doenças associadas ao diabetes mellitus (cardiopatia, neuropatia, nefropatia, retinopatia) (Barbosa et al, 2009) e aterosclerose, onde muitas vezes se associa a resistência à insulina com obesidade e má nutrição (Vlassara & Uribarri, 2014).

Mas somente em diabéticos, os altos níveis de AGEs circulantes estão diretamente ligados com complicações vasculares diabéticas? Não, pelo menos foi o que Xu et al. (2015) mostraram após selecionar pacientes não diabéticos do sexo masculino (n=139) para seu estudo. Os níveis de AGEs do soro foram examinados, assim como a resistência à insulina. O resultado do estudo mostrou que os níveis séricos de AGEs foram associados com a resistência a insulina em pacientes não diabéticos, assim como um biomarcador em doentes com apneia obstrutiva do sono (OSA), com alto risco para desenvolver o diabetes tipo 2. Cada vez mais se sustenta que altos níveis de AGEs circulantes são vistos como um risco potencial de lesões das células β (Insulina), com resistência a insulina e diabetes (Mark et al, 2014; Vlassara & Uribarri, 2014)

 

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Referências Bibliográficas

Barbosa, J. H. P.; Oliveira, S. L.; Seara, L. T. Produtos da glicação avançada dietéticos e as complicações crônicas do diabetes. Rev. Nutr. v. 22, n. 1, p. 113-24, Jan./Fev., 2009.

Mark, A. B.; Poulsen, M. W.; Andersen, S.; Andersen, J. M.; Bak, M. J.; Ritz, C.; Holst, J. J.; Nielsen, J.; Courten, B.; Dragsted, L. O.; Bügel, S. G. Consumption of a diet low in advanced glycation end products for 4 weeks improves insulin sensitivity in overweight women. Diabetes Care. v. 37, n. 1, p. 88-95, Jan., 2014.

Vlassara, H.; Uribarri, J. Advanced glycation end products (AGE) and diabetes: cause, effect, or both?. Curr. Diab. Rep. v. 14, n. 1, Jan., 2014.

Xu, J. X.; Cai, W.; Sun, J. F.; Liao, W. J.; Xiao, J. R.; Zhu, L. Y.; Liu, J. Y.; Zhang, W. Serum advanced glycation end products are associated with insulin resistance in male nondiabetic patients with obstructive sleep apnea. Sleep Breath. Jan., 2015.

 

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