Os efeitos colaterais do Masteron (drostanolona) são frequentemente subestimados.
Por ser um esteroide anabolizante androgênico de uso intramuscular, derivado da DHT, ele não aromatiza e costuma ser usado em fases de “cutting”.
Ainda assim, pode trazer riscos como queda de cabelo, acne, alterações no colesterol e virilização em mulheres. Além disso, trata-se de substância proibida em competições pela WADA (Classe S1 – Anabolic Agents).
É largamente usado por fisiculturistas na fase de preparação para competições, pois ele ajuda consideravelmente o corpo a ficar mais definido.
Porém, é importante saber que estes produtos, por não serem naturais, oferecem diversas consequências transversais advindas do uso.
Portanto, é importante conhecer os efeitos colaterais do Masteron para se informar melhor sobre o que pode acontecer com o seu corpo após o consumo.
Veremos isso mais à frente.
Os tipos de Masteron
Existem duas apresentações comuns: propionato (ação curta) e enantato (ação mais longa).
A administração é intramuscular. Em linhas gerais, o propionato tem meia-vida de cerca de 2 dias, enquanto o enantato costuma ficar em torno de 5–7 dias, o que explica frequências de aplicação diferentes.
Pode-se dizer, no entanto, eu a diferença básica entre estas duas formas reside na duração dos efeitos.
Ou seja, o Enantato tem uma tempo de ação mais duradouro e, como o modo de utilizar é a injeção intramuscular, a pessoa que fizer uso desta terá que realizar menos aplicações do que se utilizasse o Propionato.
Isto quer dizer, portanto, se você usar a versão do Propionato, terá uma meia vida de 2 dias, e no caso no Enantato, este tempo sobe para 6, ou seja, é mais eficiente.
O funcionamento do Masteron
Primeiramente, antes de abordar efeitos colaterais do Masteron, rapidamente mostraremos como ele funciona e quais os seus benefícios diretos.
Ele foi criado em 1959 pelos laboratórios Syntex mas, por alguma razão desconhecida, foi colocado de lado pelo próprio laboratório.
No entanto, mais tarde, na década de 70, descobriram que ele tinha potencial no tratamento de câncer de mama em mulheres que se encontrassem na fase da menopausa.
Contudo, ele foi substituído por tratamentos mais eficazes com o tempo, e então, a partir dos anos 80, virou febre entre os praticantes de fisiculturismo.
Masteron é um DHT, ou seja, derivado de di-hidrotestosterona.
Este esteróide tem a capacidade de inibir as enzimas aromatase e pode interagir com o estrogênio para bloquear os receptores.
Como a enzima aromatase é inibida, Masteron impede a conversão da testosterona disponível em estrogênio através da via da aromatização.
Isso ajuda a disponibilizar mais testosterona em circulação e também reduz o nível de estrogênio.
Assim sendo, podemos dizer que existem sim benefícios quando usado com sabedoria e orientação a droga, portanto, abordaremos isso no tópico a seguir. Acompanhe!
Benefícios do Masteron
#1 – Anti Estrogênico
Ajudando a diminuir a retenção de água, entre outros efeitos estrogênicos, além de ser um dos únicos esteróides que ajuda a prevenir a Ginecomastia.
#2 – Define a Musculatura
Especialmente em pessoas que possuem baixo nível de gordura corporal, ele propicia que seus músculos pareçam mais proeminentes.
#3 – Ganho de Força
Com menos presença de água, sobra espaço para o sangue circular nos músculos, desta forma aumentando a potência durante o treino;
#4 – Bem estar mental
Diferente dos outros esteroides, ele propicia uma sensação de bem estar. Contudo, isto pode variar de pessoa para pessoa.
#5 – Aumento da Libido
Como sabemos, qualquer acréscimo a testosterona natural, traz positividade para a libido, inclusive melhorando ereções e duração do ato sexual propriamente.
Então, uma vez que já introduzimos você a este esteroide, vamos mostrar os efeitos colaterais do Masteron.
Efeitos Colaterais do Masteron
De fato, se tem algo extremamente positivo que podemos dizer sobre este esteroide é que, diferente de muitos, os efeitos colaterais do Masteron não são tão agressivos.
Porém, ainda assim, eles existem. Então vamos conhecê-los:
1 – Queda de Cabelo
Se você tem propensão para queda de cabelo, o Masteron provavelmente acelerará o processo.
Mesmo assim, ele é menos prejudicial que muitos outros produtos similares.
2 – Acne / Oleosidade
Prepare-se para ter incidências recorrentes de acne. Porém, isso parece variar de pessoa para pessoa.
Alguns têm surtos aleatórios em todo o corpo, enquanto outras nem sequer recebem uma espinha.
Nesse caso, por muitos a dose é reduza por alguns dias.
3 – Virilização (mulheres)
As mulheres experimentam virilização grave mesmo quando usam doses baixas de mastro.
Portanto, seria de grande interesse evitá-lo completamente ou usá-lo somente antes das competições em doses muito baixas por um ciclo curto.
Risco real mesmo em doses baixas (voz, clitóris, pelos).
4 – Colesterol
Entre os principais efeitos colaterais do Masteron está a destruição de seus lipídios.
Se seus níveis de colesterol estiverem bons e você deseja fazer uso deste esteroides, você deve manter um estilo de vida saudável e o gerenciamento de colesterol deve fazer parte dele.
Ainda você pode apresentar efeitos colaterais como pressão alta e picos de euforia e agressividade.
No entanto, é importante ressaltar que todos estes efeitos são transitórios, ou seja, desaparecem depois que você cessa o uso.
Então, podemos ver que o Masteron de fato oferece menos risco que outros esteroides. No entanto, se você combinar o seu uso com outras substâncias tem que ter cuidado.
Pode reduzir HDL e elevar LDL, monitoração de colesterol/PA é prudente.
5 – Humor / Irritabilidade
Basicamente, qualquer droga a base de esteroides, tem como efeito colateral positivo para o usuário, considerável aumento da resistência física, inclusive diminuindo quadros de fadiga.
No entanto, via de regra, o uso de esteroides também tem influência, negativa, desta vez, sobre comportamentos, levando o usuário a desenvolver irritabilidade e até mesmo agressividade incomum.
Há situações que até mesmo síndromes e transtornos poderão surgir, por exemplo Transtorno Bipolar, além de crises de Pânico e Fobia Social.
6 – Hepatotoxicidade
Não é 17-alfa-alquilado, baixo risco hepático comparado a orais, mas isso não elimina outros riscos sistêmicos.
Tudo sobre Masteron
(Leandro Twin via YouTube)
Perguntas e Respostas
Masteron aromatiza ou aumenta estrógeno?
Não. Por ser derivado da DHT, a drostanolona não aromatiza (não se converte em estrógeno).
Ainda assim, sinais “estrogênicos” podem surgir quando há combinação com compostos que aromatizam (ex.: testosterona) e mau manejo do estrógeno.
Masteron substitui inibidor de aromatase (IA)?
Não. Ele pode atenuar efeitos estrogênicos em certos contextos, mas não é IA farmacológico.
Se houver necessidade clínica, a avaliação médica define o uso de IA.
É hepatotóxico?
Em geral, não (não é 17-alfa-alquilado). Isso não elimina outros riscos sistêmicos; monitoramento é importante.
Impacta colesterol e pressão?
Sim, pode reduzir HDL e elevar LDL, além de influenciar pressão arterial em suscetíveis. Acompanhamento de lipidograma e PA é prudente.
Causa queda de cabelo?
Pode acelerar alopecia androgenética em predispostos (efeito androgênico da DHT). Esse efeito pode ser não reversível em alguns casos.
Piora acne e oleosidade?
Possível, especialmente em predispostos.
Higiene, dermatologia e ajustes médicos ajudam a manejar.
Altera libido e humor?
Podem ocorrer variações de libido e irritabilidade.
História psiquiátrica exige atenção e acompanhamento.
Afeta fertilidade e testículos?
Como outros AAS, pode suprimir o eixo HPT, levando a queda de espermatogênese e atrofia testicular. A reversão é variável e requer avaliação médica.
E em mulheres, há virilização?
Sim, há risco de voz mais grave, clitoromegalia, aumento de pelos e alterações de pele mesmo em doses baixas.
Alguns efeitos podem ser parcialmente ou não reversíveis.
Se não aromatiza, pode dar ginecomastia?
Geralmente a ginecomastia está ligada a compostos que aromatizam (ex.: testosterona). Em ciclos combinados e sem controle de estrógeno/prolactina, o risco existe.
A aplicação é intramuscular ou subcutânea?
Intramuscular. Técnica de aplicação e assepsia reduzem risco local.
Propionato x enantato: qual a diferença prática?
Propionato: ação mais curta; costuma exigir aplicações mais frequentes.
Enantato: ação mais longa; permite intervalos maiores.
A escolha depende do protocolo e de exames, sempre com avaliação médica.
Interage com outros esteroides (ex.: testosterona, trembolona)?
Sim. Os efeitos e riscos somam. Compostos que aromatizam elevam o estrógeno; compostos muito androgênicos podem piorar pele/cabelo e perfil lipídico. O balanço geral do ciclo importa.
É permitido em competições?
Não. Esteroides anabolizantes são proibidos em qualquer tempo pelos padrões antidoping. A detecção pode ocorrer por janelas prolongadas, dependendo do éster e de exames.
Precisa de TPC (terapia pós-ciclo)?
A necessidade é individual e depende de exames, histórico e combinações usadas. Definições devem ser médicas.
É hepatotóxico?
Não costuma ser (não é 17-aa), mas pode alterar lipídios e gerar outros riscos.
É legal no Brasil?
É substância de controlada.
Sua venda ocorre através de prescrição médica.
Neste artigo vimos que os efeitos colaterais do Masteron comprovam que, comparado com muitos outros produtos similares, ele oferece menos riscos, porém, ainda assim, é bom sempre utilizar com segurança e da forma certa.
E se este conteúdo lhe ajudou de alguma forma não deixe de compartilhar e enviar-nos perguntas e colocações pertinentes ao tema.
Aviso
Este post não é uma recomendação, possui caráter apenas informativo. Sempre que for realizar o uso de medicamentos, consulte seu médico.
Referência
SILVA, P. R. P.; DANIELSKI, R.; CZEPIELEWSKI, M. A. Esteróides anabolizantes no esporte. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 8, n. 6, 2002.
FADAH, K.; GOPI, G.; LINGIREDDY, A.; BLUMER, V.; DEWALD, T.; MENTZ, R. J. Anabolic androgenic steroids and cardiomyopathy: an update. Frontiers in Cardiovascular Medicine, Lausanne, v. 10, e1214374, 2023.
ALBERTSDÓTTIR, A. D.; VAN GANSBEKE, W.; COPPIETERS, G.; BALGIMBEKOVA, K.; VAN EENOO, P.; POLET, M. Searching for new long-term urinary metabolites of metenolone and drostanolone using gas chromatography–mass spectrometry with a focus on non-hydrolysed sulfates. Drug Testing and Analysis, Hoboken, v. 12, n. 8, p. 1041–1053, 2020.




















