Serotonina: o que é, para que serve, benefícios, função, suplementação

Serotonina o que é, para que serve, benefícios, função, suplementação

Serotonina ou “hormônio da felicidade”, é uma substância química secretada por neurônios. É a responsável por diversas funções orgânicas em humanos, animais e algumas plantas.

Pertencente a equipe de aminas biogênicas chamadas também de neurotransmissores, a serotonina, na sua grande parte é produzida nos TGI – Trato gastrointestinal; Tronco encefálico (tronco cerebral) e Plaquetas sanguíneas.

A responsabilidade de sintetizar a serotonina, entretanto, é do aminoácido conhecido como Triptofano (que o corpo não produz).

É de longa data que a importância dessa sustância é conhecida. Manter o bom humor, dormir bem, coordenar o apetite, auxiliar na disposição de um modo geral, são todas funções dependentes do “hormônio do bem-estar”.

De acordo com um dos mais renomados neurogastroenterologistas, Dr. Michael D. Gershon (médico americano) e professor da Universidade Nova York Columbia, casos de suicídio estão muito relacionados a falta de serotonina.

Suas análises também revelaram que é no intestino que estão muitos dos neurônios que espalham os neurotransmissores, logo, a recaptação destes seriam parte do tratamento em pessoas com problemas no sistema nervoso central.

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Vale ressaltar que existem vários estudos que servem para comprovar que existe uma relação estreita sim entre pensamentos autodestrutivos e a ausência de hormônio na região do cérebro. Esta que tem responsabilidade pelas sensações de dor e de prazer chamada de hipocampo.

Como podemos melhorar os níveis de serotonina no organismo? Quando e como foi possível isola-la e transformá-la em medicamento? Existe alternativas naturais de conseguir elevar o Triptofano?

Essas e mais perguntas serão respondidas neste post preparado pela equipe Dicas de Treino. Aprecie a leitura!

 

O que é Serotonina?

 

5-hidroxitriptamina ou 5-HT são nomenclaturas da serotonina – um importante neurotransmissor – entre vários, que serve para regular funções psicoemocionais do ser humano.

Para lembrar, neurotransmissores são minúsculas moléculas que fazem a comunicação entre células que existem no sistema nervoso.

São comuns nos sistemas simpáticos e agem através de impulsos nervosos, cujos, dependem também dos receptores responsáveis por transformar o triptofano em serotonina

Para que todo esse processo aconteça harmonicamente no organismo, necessitamos de diferentes tipos de minerais e vitaminas, especialmente zinco, magnésio e vitaminas do tipo B3, B6, vitamina C e ácido fólico.

 

Para que serve Serotonina?

 

De acordo com a literatura, somente no início de século XX que a serotonina foi descoberta.

O farmacologista e também químico Vittorio Erspamer da Itália, através das suas pesquisas demonstrou que a amina, presente no tecido intestinal, que até então se acreditava-se tratar de adrenalina, era na verdade outra substância, ou seja, a serotonina.

Entretanto, somente em 1948 que ocorreu de fato a purificação e a possibilidade de isolar essa amina.

Na ocasião, estudiosos da Clínica Cleveland situada nos Estados Unidos, determinaram que a serotonina não fazia parte apenas do organismo humano, mas sim é encontrada também na natureza.

Desde então e até hoje, a serotonina ocupa a número 1 entre os neurotransmissores pesquisados, seguida da dopamina, acetilcolina e noradrenalina.

No organismo, a serotonina é a grande responsável pelo bem-estar psicológico e porque não dizer emocional da pessoa, justamente por isso que podemos nos referir a ela como hormônio do prazer e da felicidade.

Na medicina, a serotonina está inclusa em diversos medicamentos, estes com propósito de tratar:

  • Depressão;
  • Transtornos do humor;
  • Transtornos afetivos;
  • Problemas emocionais;
  • Dependências;
  • Excesso de peso.

Entre outras patologias.

 

Quais os Benefícios de usar o Serotonina?

 

Vários aspectos da vida estão ligados com a produção e manutenção dos níveis de serotonina.

É através dela que nosso corpo se sente relaxado, autoconfiante e com vontade de executar tarefas e obrigações, dizem que até mesmo a felicidade depende deste neurotransmissor.

Como dito antes, outras funções importantes estão relacionadas com a serotonina, entre elas:

  • Manter o apetite sob controle;
  • Regular o humor;
  • Monitorar comportamentos (agressividade, vontade ou não de praticar sexo);
  • Equilibrar o sono;
  • Níveis equilibrados evita a dor de cabeça e a enxaqueca;
  • Serve para prevenir ataques cardíacos;
  • Ajuda para o corpo produzir defesas contra radicais livres;
  • Retardar o envelhecimento;
  • Regular a temperatura corporal.

Mas, há algumas situações que devem ser observadas paralelamente para entender o quanto a serotonina é imprescindível.

É o caso de desenvolvimento e maturidade cerebral. Existem doenças características onde a falta de serotonina prejudicou essa etapa, são os casos de Down e Autismo.

Pessoas autistas possuem taxas muito elevadas de serotonina. O Hospital Children’s Hospital of Michigan PET Scan Center de Michigan, realizou uma pesquisa para demonstrar porque a atividade sensorial do autista é tão diferente.

E a resposta foi que a relação direta com produção da serotonina é o que interfere no seu comportamento e atitudes.

Uma criança, por exemplo, tem 200% a mais produção de serotonina que um adulto, contudo, essa taxa começa a cair nos 5 anos de idade. Para autistas, a quantidade produzida na infância é inferior e a redução só acontece por volta dos 15 anos de idade.

Sabe-se ainda que a serotonina ajuda ainda a melhorar a aparência da pele, graças ao tipo de relaxamento que proporciona.

 

Funções da Serotonina no Organismo

 

A literatura científica aponta as responsabilidades de vários hormônios para regular as funções orgânicas. Enquanto, a Grelina é responsável para aumentar a fome, a Leptinemia proage para que episódios de compulsão alimentar e anorexia se façam presentes.

A serotonina, no entanto – que tem ligação direta com o tipo de dieta – como veremos adiante, é responsável para prover à saciedade e controlar o apetite, logo dependemos dela para manter o peso.

O efeito cascata – quando os níveis de serotonina estão baixos – leva a pessoa a engordar, porque afeta hábitos alimentares, em especial aumentando a necessidade de comer mais, em menos tempo e refeições calóricas com muito açúcar e muito carboidrato.

Ela é responsável também para manter o bom funcionamento do sistema cardio e vascular. Em crianças, quando deficiente, é apontada como a responsável pela SIDS – síndrome de morte súbita infantil.

Como vimos, a serotonina é encontrada em várias partes do corpo, contudo, ela não atravessa “barreiras”.

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Para cada função, a fabricação do neurotransmissor deve ocorrer, ou seja, o cérebro deve produzir a quantidade de serotonina que necessita, assim como no intestino e plasma.

A transmissão da serotonina é feita por neurônios, que também servem para regular sua intensidade.

Ela é parte fundamental do sistema nervoso central, interferindo em aspectos simples da vida humana, como citados anteriormente.

Como também em situações complexas do organismo, por exemplo, a produção do leite materno; regeneração de órgãos internos; multiplicação celular e dinâmica óssea e muscular.

 

Sinais que evidenciam Baixos Níveis de Serotonina

 

Três neurotransmissores estão diretamente ligados ao estado emocional, afeto e de autoestima. São eles: noradrenalina, dopamina e serotonina.

A baixa quantidade do hormônio é consequência de múltiplos fatores, entre eles dieta inadequada (excesso de carboidratos, açúcar e pouca proteína), rotina com hábitos ruins (vícios, sedentarismo, dependência química), remédios, traumas emocionais, etc.

Identificar a baixa produção de serotonina não é difícil, alguns sinais são bem evidentes. Cenas como:

  • Cansaço insistente, mesmo sem esforço ou motivo;
  • Inapetência por comida variada, aceitando somente carboidratos;
  • Dificuldades para alcançar um sono tranquilo e reparador;
  • Dor de cabeça e enxaqueca;
  • Dores inexplicáveis no trato gastrointestinal;
  • Isolamento social;
  • Depressão;
  • Excesso de sensibilidade emocional;
  • Baixa autoestima, falta de confiança em si que prejudica a rotina;
  • Desinteresse sexual;
  • Impaciência e irritabilidade;
  • TOC – transtorno obsessivo compulsivo.

E outros que podem aparecer de diferentes formas.

 

Exame

 

O exame conhecido como 5 HT – 5-Hidroxitriptamina, serve para medir a quantidade de serotonina no sangue.

É um exame simples, que não exige preparação prévia e que não causa dor alguma, pois é feito com amostras de urina e sangue.

A serotonina é medida em ng (nanogramas) por ml, e os valor normais ficam entre 101 e 283 ng/ml.

Medicamentos do tipo IMAO – inibidores da monoamina oxidase, metildopa, lítio morfina, reserpina, assim como tabaco, excesso de triptofano podem interferir no resultado (falsos positivos), por isso é importante avaliar a situação de um modo geral.

Dosar e serotonina é importante, além de servir para compor o diagnóstico global de pessoas que apresentam as características de pouca ou muita, para diagnosticar tumores primitivos como Tumor de Askin, neuroblastoma adulto entre outros.

 

Quais os alimentos que contém Serotonina?

 

Duas são as fontes alimentares para servirem de guia e entender como a serotonina se faz presente fora do organismo humano.

 

Fontes naturais de L-Triptofano

O L-triptofano é o aminoácido mais importante e requerido para produzir serotonina.

De fora para dentro do organismo, atravessa a barreira que existe entre o sangue e o cérebro, por exemplo.

Quando a dieta é carente de triptofano, automaticamente os níveis do neurotransmissor caem. Mas, basta ajusta-la que a quantidade aumenta gradualmente.

Alimentos ricos em triptofano são:

  • Carne vermelha;
  • Aves;
  • Peixe;
  • Aveia;
  • Levedo de cerveja;
  • Chocolate amargo;
  • Lentilha;
  • Soja;
  • Derivados lácteos;
  • Castanha;
  • Frutas com casca grossa (abacaxi, melão, melancia, etc.)

 

Vitamina B6

Piridoxal 5-fosfato ou vitamina B6 é uma molécula indispensável para a síntese do neurotransmissor a partir do L-Triptofano.

Ingerir alimentos com vitamina B6, auxilia para a manutenção da serotonina e boas fontes são:

  • Ervilha;
  • Inhame;
  • Espinafre;
  • Abacate;
  • Tomate;
  • Camarão;
  • Avelã;
  • Trigo integral.

 

Atenção!

Muitos aminoácidos podem competir entre si e então resultar na redução de serotonina. Entre alguns que competem com o triptofano, citamos os de cadeia ramificada.

Isso serve para que entenda que não basta consumir muita proteína, por exemplo, mas sim, de acordo com as necessidades, que podem variar entre indivíduos.

De acordo com o jornal britânico Medicine Journal, precisamos entre 1 e 6 gramas de triptofano/dia, que pode ser provindo de suplementos e assim ajudar tratar quadros depressão.

Enquanto que valores até 15 gramas/dia, são ideais para melhorar a vida de pessoas que sofrem de insônia.

 

Onde é produzida a Serotonina no Organismo?

 

Conforme destacamos acima, a serotonina é produzida em lugares distintos no corpo.

No cérebro, é secretada pelos neurônios conhecidos como serotoninérgicos, alojados no SNC – Sistema Nervoso Central.

Estes, são pequenos núcleos que se projetam para o córtex cerebral, onde neurotransmissores como a norepinefrina (NE), serotonina (5-HT) e a dopamina (DA) se agrupam para controlar atividades diversas…

… tanto corticais como sub corticais, imprescindíveis para atuar no desempenho psicomotor, apetite, sexualidade, sono, temperamento e humor.

Nas células conhecidas comocélulas de Kulchitsky – presentes em uma parte do intestino, a serotonina é sintetizada em grande parte (estima-se em torno de 90%).

Com menor, mas não menos importante, os neurônios serotonérgicos presentes no plasma (plaquetas) servem para auxiliar diagnósticos sobre diversas doenças e também são indicativos para tratamento.

Mencionamos também que plantas e animais fabricam serotonina. Mas como isso acontece?

No primeiro caso a – phytoserotonin – é o nome do neurotransmissor que regula funções (crescimento, floração, etc) para que a planta sobreviva.

O primeiro relato da serotonina em plantas ocorreu com pesquisas na leguminosa chamada Pruriens de Mucuna – originária da índia – que ainda hoje é muito apreciada, inclusive, indicada para prover o aumento da massa muscular e por isso muito consumida por fisiculturistas.

Já, a Erva de São João é outra planta muito apreciada para tratar baixa serotonina, dizem que se efeito é tão potencial quanto o Prozac.

Entretanto, já são conhecidas mais que 40 espécies de plantas que produzem serotonina e algumas dessas são indicadas para consumo humano, como abacaxi, nozes e Kiwi.

Animais vertebrados produzem para regulações do ritmo cardíaco, crescimento e outros processos fisiológicos. Microrganismos servem-se da serotonina para movimentar-se e evidenciar infecções em humanos e animais.

 

Remédios par aumentar a serotonina

 

Melhorar a ingestão de precursores naturais da serotonina (alimentos e suplementos) é o mais indicado.

Contudo, existem diversos medicamentos (ISRSS) Inibidores seletivos da recaptação da serotonina – muito usados – para prover acréscimo ou decréscimo do neurotransmissor no organismo.

Os mais conhecidos são:

  • Prozac (fluoxetina);
  • Zoloft (sertralina);
  • Seroxat (paroxetina);
  • Celexa (catalopram).

Entre outros, que tem como indicação clínica tratar depressão.

Os do tipo IRSN – Inibidores seletivos da recepção de serotonina, são efetivos no tratamento de síndromes neuropáticas, transtornos e outros, assim como indicados para elevar os níveis de sinapse na região do cérebro que melhora o humor, por exemplo.

De outro lado estão os suplementos, que podem ser vendidos sem receita médica. Com doses de Triptofano (L) merecem atenção e cautela quando administrados para não oferece efeito contrário ao desejado.

Já, suplementos com 5-HTP (que tem como matéria prima a planta Griffonia Simplicifolia) são mais seguros, mais rápidos e mais eficazes para aumentar a serotonina.

 

Aumentar serotonina de forma natural

 

Buscar alternativas não químicas para aumentar a substância, é um desafio que deve ser seguido no primeiro plano quando existe o diagnóstico de pouca serotonina no organismo.

Uma das formas é melhorar o potencial da dieta, acrescentando os alimentos com mais quantidade de Triptofano, minerais como magnésio e zinco, proteína, vitamina C e vitaminas do complexo B – principalmente B6.

Aliás, existe até uma dieta chamada “Dieta da Serotonina”, que na versão em inglês está contida no livro The Serotonin Power Diet, obra das pesquisadoras e autoras Judith Wurtman e Nina Marquis, ambas de Machassuster (EUA).

No entanto, outras ações também podem ajudar a melhorar os níveis da substância no organismo, como:

  • Aprender a relaxar;
  • Banhos de sol;
  • Atividades físicas;
  • Praticar esportes;
  • Dormir o necessário;
  • Evitar consumir álcool em excesso;
  • Não fumar;
  • Não usar drogas ou medicamentos sem necessidade;
  • Consumir suplementos adequados;
  • Buscar ajuda nas terapias holísticas (Reiki, Acupuntura, Yoga, meditação);
  • Resolver problemas pessoais.

É importante ainda, buscar desenvolver saúde mental, resolvendo conflitos, cultivando pensamentos positivos e monitorando o estresse.

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Referências

APURON L, HAUSER P, HINZE-SELCH D, MILLER AH, NEVEU PJ. Treatment of cytokine-induced depression. Brain Behav Immun  2002.

MACHADO, S. et al. Depressão no Hospital Geral: Habilidade e detecção de sintomas depressivos por especialistas não médicos. R. ABP- APAL, 11 (3):97-110, 1989.

VASCOLCELOS,EG; RUMJANEK V.M, AMORIM,M.H.C psiconeuroimunologia- psiconeuroimunologia 1992).

 

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