MELATONINA – Conheça tudo sobre o Hormônio do Sono

Melatonina (Hormônio do Sono): O que é, para que serve, benefícios, suplementação, ingestão

Melatonina é um hormônio presente no organismo humano, de animais e também em algumas plantas.

O corpo humano apresenta grande complexidade devido aos vários processos que precisa gerenciar.

E, para ajudar com essa questão, o organismo conta com ajuda dos hormônios que são substâncias que desempenham determinadas funções. Como, por exemplo, a melatonina que é importante para o sono.

É por esse motivo que é muito comum ouvir relatos da utilização de melatonina daqueles que apresentam dificuldades para dormir.

Níveis muito baixos dessa substância no sangue, pode tornar esse tipo de complicação bastante frequente. Mas conforme será possível conferir, ela não é a única que atrapalha.

Existem outros fatores que podem levar a noites mal dormidas. Um exemplo claro disso é o estresse. Situações de muita pressão e desconforto podem sim levar a sérios distúrbios no organismo.

Mesmo o sono sendo algo inerente ao cansado e, portanto, a vida humana, nem sempre a mente consegue desligar.

E isso pode ser um forte indício de que já passou do momento de buscar ajuda. Pois é nessa etapa do dia em que o organismo aproveita para regenerar as células e manter o corpo saudável.

Diante dessas informações, nada melhor do que conhecer mais sobre esse hormônio.

Quais são os benefícios de buscar fora a reposição, para que mais serve a melatonina? possíveis efeitos colaterais, além de outras questões serão tratadas neste artigo. Acompanhe!

 

O que é a Melatonina?

 

Com base no que já foi discutido, a definição básica sobre o que se trata melatonina deve ter ficado clara. A substância é um hormônio que desempenha papel importante na regulação do sono.

As glândulas pineais localizadas no cérebro são as responsáveis pela liberação dela no sangue, especialmente durante o período noturno.

Apesar de ser produzida naturalmente pelo corpo, também passível de ser sintetizada laboratorialmente.

De acordo com análises clínicas feitas por estudos, a substância começa a ser liberada pelo organismo por volta das nove da noite.

O período entre duas e quatro horas da manhã do dia seguinte, é o momento em que a concentração do hormônio atinge o ápice.

Além disso, também é importante saber que a produção costuma variar ao longo do ano.

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De maneira mais específica, essas diferenças podem ser notadas durante o verão, com períodos mais curtos, e inverno, quando as glândulas pineais passam mais tempo em atividade.

Outra característica importante a ser observada é diferença existente de concentração de melatonina no corpo conforme a idade.

Em crianças, por exemplo, a secreção do hormônio costuma ser superior a quantidade de pessoas com idades mais avançadas.

Cientificamente conhecida como N-acetil-5-metoxitriptamina, o hormônio é também encontrado em outros seres vivos.

Dentre eles estão:

  • Plantas;
  • Organismos unicelulares;
  • Invertebrados;

E até mesmo bactérias.

Inclusive, a sintetização da substância é feita utilizando o sistema com “animais cobaias”.

Essa foi a justificativa dada pela pela Food and Drug Administration dos EUA para não liberar o hormônio em terras americanas.

 

O que produz a Melatonina?

 

Também chamada de epífise cerebral, conarium ou simplesmente pineal, a glândula pineal é a responsável pela produção do hormônio.

Esse componente do corpo humano, se aproveita da sua pequenez para se alojar no cérebro dos vertebrados.

O seu formato lembra bastante o de uma pinha e é essa semelhança que contribui para que recebesse o nome pineal. Ao longo das últimas décadas, a glândula tem sido foco de muitos estudos.

Inclusive, chegou a ser explorada pelo famoso pensador René Descartes que acreditava que o componente fosse o principal “assento da alma”.

Apesar de grande parte da comunidade acadêmica, ter acreditado na época, em se tratar de uma glândula sem qualidades metafísicas especiais.

Com a ajuda da glândula pineal, o organismo pode sintetizar a melatonina de maneira diária. De acordo com o andamento da produção, a substância é secretada na corrente sanguínea.

Além disso, a concentração do hormônio aumenta na região cerebral, especificamente no cefalorraquidiano que é o líquido em torno da medula espinhal e do cérebro.

Proteínas específicas presentes nos tecidos são capazes de detectar a presença da substância no sangue.

A partir da identificação do pico na produção por meio dessas estruturas, o organismo reconhece o período noturno.

Dessa forma, pode passar a informação para os demais membros com o intuito de indicar uma condição de relaxamento.

 

Para que serve a Melatonina?

 

Manter o ritmo sazonal e acima de tudo preservar o ciclo circadiano de cada pessoa é função principal de fórmulas que contém melatonina.

Além disso, é um dos melhores indutores de sono, instigando o organismo a se preparar para dormir graças a redução da temperatura corporal que o medicamento oferece.

Consequências do Efeito jet lag também são amenizados com o uso da melatonina, trazendo estabilidade do sono rapidamente.

Sabe-se que é com base na quantidade do hormônio no sangue que o corpo irá reconhecer em quais momentos precisa desacelerar.

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Apesar desse ponto já estar claro, vale a pena ressaltar que é relativamente comum quadros de insônia surgirem.

Dentre as principais motivações para essa dificuldade para dormir, podem ser destacados:

 

#Estresse

Esse é, sem dúvida, um dos principais motivos de insônia.

Com o cotidiano cada vez mais corrido e cheio de responsabilidades dos estudos, trabalho família e saúde, o organismo passa a ter que conviver com níveis de intenção muito.

Isso contribui para as noites mal dormidas.

#Ansiedade

Transtornos graves de ansiedade ou até mesmo estresse pós-traumático são outros fatores que podem levar a insônia.

 

#Depressão

Enfrentar essa complicação exige bastante dedicação. Além de todas as preocupações relacionadas ao tratamento, o paciente também precisa conviver com insônia.

Pois é muito comum nesses quadros clínicos.

Outras condições médicas mais específicas também podem levar o paciente a sofrer de falta de sono.

Alguns exemplos de complicações que se enquadram nesse grupo são:

  • Artrite;
  • AVC;
  • Distúrbios da tireoide;
  • Doença pulmonar;
  • Câncer.

Dentre outras.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), no Brasil – não há medicamento registrado com o princípio ativo melatonina.

No entanto, os médicos podem recomendar o tratamento e neste caso trazer o produto de fora do país ou solicitar a manipulação em farmácias especializadas.

Contudo, suplementos que contém a substância podem ser encontrados em sites da internet e lojas especializadas.

 

Benefícios da Melatonina

 

Dentre os benefícios oferecidos pelo hormônio estão:

Auxílio natural do sono: Esse é de longe o principal benefício oferecido pela melatonina. Por meio da suplementação, os usuários podem aproveitar melhor o momento de descanso. De modo especial, quando há complicações que interferem.

Menopausa: Existem indicativos de que os sintomas da menopausa podem ser amenizados com a ajuda da substância. De acordo estudo realizado com mulheres com idade entre 42 e 62 anos, os relatos foram de melhora no humor e redução significativa da depressão.

Doenças cardíacas: A melatonina apresenta propriedades que ajudam a proteger o coração de doenças cardíacas devido a sua capacidade anti-inflamatória e antioxidante;

Dores musculares: Alguns tecidos como os músculos costumam apresentar certos tipos de dor que são bastante gerais e prolongadas. Por meio da suplementação com base no hormônio, o usuário pode amenizar os incômodos;

Estresse: A rapidez com a população em geral vive atualmente, sem dúvida, é um dos principais fatores que levam ao desenvolvimento do estresse. Ao aumentar os níveis de melatonina no sangue, o organismo é capaz de atuar no cérebro de maneira a trazer sensação de alívio.

Sistema imunológico: Os efeitos do hormônio não estão diretamente associados ao sistema imunológico. Apesar disso, a substância é sim capaz de melhorar a mobilidade de certas células e, portanto, ajudando a colocar o sistema de defesa em prática.

Diabetes: Os receptores da melatonina podem ser encontrados em diversas partes do corpo e isso inclui o pâncreas. É por esse motivo que se entende que a substância ajuda a melhorar a função das células desse microssistema.

Conforme visto, a melatonina é capaz também de desempenhar outras funções no corpo.

E vale lembrar que outros estudos sobre os benefícios do hormônio ainda estão em andamento. Como, por exemplo, para apoiar a prevenção do câncer.

 

Efeitos Colaterais da Melatonina

 

Apesar dos vários benefícios oferecidos pelo hormônio e da segurança quando consumido em doses certas, existem alguns pontos a serem considerados por aqueles que possuem pretensão em utilizar a substância.

Alguns dos efeitos colaterais mais comuns são:

  • Alterações da função hepática;
  • Concentração alta de proteínas e açúcares na urina;
  • Apresentação de sintomas da menopausa;
  • Azia;
  • Hipertensão;
  • Tonturas;
  • Nervosismo excessivo;

Como visto, os efeitos colaterais podem ser bastante diversos, mas, se mostram presentes quando o suplemento é consumido acima da quantidade indicada.

Ou seja, quanto maior for a dosagem tomada, maiores serão as chances de o usuário apresentar algum efeito complicador.

Para evitar que isso ocorra, é importante conferir a maneira certa de fazer a suplementação.

 

Como tomar Melatonina

 

O primeiro passo para aproveitar os diferenciais oferecido pelo hormônio, é procurar seguir as recomendações médicas.

Será com base nesse tipo de orientação que o usuário reconhecerá as necessidades de suplementação do seu organismo.

Caso seja necessário, pode ser interessante também consultar a opinião de nutricionista especialista no assunto.

Dessa forma não restará dúvidas sobre a maneira mais adequada de se tomar melatonina para resolver o caso em questão.

 

Quantidade indicada para Ingestão

 

Embora cada pessoa apresente necessidades e condições fisiológicas diferentes, as dosagens mais comuns de medicamentos a base do hormônio são 3 mg, 5 mg e 10 mg.

Geralmente, o hormônio é fornecido por meio de comprimidos, mas também pode ser encontrado em gotas.

Suplementos a base de melatonina devem ser consumidos de acordo com a orientação do fabricante.

 

Melhor horário para tomar Melatonina

 

Em relação ao horário de consumo da melatonina, o recomendável é que o uso seja feito cerca de duas horas de deitar e logo depois do jantar.

Os comprimidos ou gotas devem ser ingerida apenas com água.

 

Perguntas e Respostas

 

Melatonina emagrece?

Sim. A melatonina assim como a leptina são hormônios que atuam durante o sono, isso tem duplo sentido para auxiliar no emagrecimento, ou seja, cientificamente pessoas que dormem bem são menos ansiosas e as funções fisiológicas são equilibradas.

Testes pré-clínicos sugerem que este hormônio na forma sintética pode sim ser o coadjuvante perfeito para tratar pessoas obesas.

 

Quem não pode tomar melatonina?

Mesmo com baixa toxicidade, suplementos ou medicamentos com melatonina devem ser evitados por mulheres grávidas ou que estão amamentando.

Crianças e pessoas com doenças imunes, doenças do sistema nervoso central também estão isentas de consumir melatonina sintética.

 

Melatonina engorda?

Não. É comprovado que pessoas com sobrepeso produzem menos melatonina, além disso a falta do hormônio dificulta dormir o necessário para otimizar processos metabólicos.

 

Melatonina é um hormônio?

Sim. E é secretado com autonomia pelo organismo, porém, sofre interferências externas que podem tanto diminuí-lo como aumenta-lo.

 

Tomar melatonina todos os dias faz mal?

Sim. A recomendação é que se consuma o remédio/suplemento por ciclos, normalmente de 5 dias.

Com o propósito de estimular o hábito de dormir, melhorar a síntese do hormônio naturalmente e auxiliar para regular o relógio biológico da pessoa.

O uso contínuo tende a inibir ainda mais a produção de melatonina, pois o organismo passa a entender que não precisa mais fabricar, mesmo com a suplementação.

 

Este post foi preparado pela Equipe Dias de Treino com o intuito de educar e fornecer esclarecimentos para o leitor e pode ser partilhado em todas as redes sociais.

 

Referências

Arendt J, Skene DJ. Melatonin as a chronobiotic. Sleep Med Rev. 2005.

Bordet R, Devos D, Brique S, Touitou Y, Guieu JD, Libersa C, Destee A Study of circadian melatonin secretion pattern at different stages of Parkinson’s disease. Clin Neuropharmacol. 2003.

Campos FL, da Silva-Junior FP, de Bruin VM, de Bruin PF. Melatonin improves sleep in asthma: a randomized, double-blind, placebo-controlled study. Am J Respir Crit Care Med. 2004.

 

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